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Consultório Dra. Renata Cuch

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6 anos ago · · Comentários fechados em As mulheres

As mulheres

As Mulheres, o conceito de feminilidade em psicanálise e de maneira geral,  para outras ciências reporta-se a um tema obscuro. Por esta razão e em consonância com a natureza peculiar da teoria, a psicanálise não tenta descrever ou situar o que quer uma mulher. Pois, seria esta, uma tarefa difícil de cumprir.

Mas se empenha em indagar como é que as mulheres se constitui, como esses indivíduos se desenvolvem e, isso se dá desde a criança dotada de disposição bissexual (FREUD, 1996, pg. 117). Sendo assim, a psicanálise freudiana caracterizada como marca própria da feminilidade, da destaque ao  embate entre a atividade e a passividade que se expressa numa relação de conflito, que ocorre desde o nascimento e perpassa por todos os estágios da vida . Tal conflito se condiciona a partir do lugar que a mulher ocupa na dinâmica parental.

AS MULHERES

Nas pesquisas freudianas não há relatos de um fechamento concreto que estruture a posição determinante do momento preciso de uma tomada de posse que designe a condição feminina. O que existe mais especificamente nas mulheres é uma bipolaridade que estará presente ao longo da vida em vários níveis, essa bipolaridade consiste no caráter de identificação com os traços que representam as características que fazem laços nas relações que este indivíduos iram manter com o outro.

De  um lado, a de lidar com a castração , de outro o descolamento da escolha de objeto amado, que se inicia na figura da mãe, num primeiro momento, para posteriormente buscar esse  objeto no mundo externo, como descreve Freud (1996) no texto Feminilidade.

O homem também experiência do modelo conflitivo que passa pela castração . Porém, do ponto de vista intrapsíquico é a menina que vivencia um romance com a mãe que também é mulher demarcando uma relação de homossexualidade desde sua formação mais arcaica. Observando por este anglo, pode perceber que há um furo no interdito que proíbe a permanência dessa relação, obrigando a menina a investir seu amor na figura do pai que, na dissolução do complexo de Édipo, também será barrado obrigando a mulher a eleger objetos externos para a concretização de sua demanda de amor.

A ruptura apontada por Freud, que instaura o modelo de escolha afetiva, bem como os modelos de relação que os indivíduos nessa fase irão manter com seus objetos, chama atenção para o papel do mecanismo que opera na feminilidade. Isso quer dizer que nada tem a ver com a anatomia que diferencia homens e mulheres, nem tão pouco compete as questões de gênero. A feminilidade na psicanalise é tratada como uma dinâmica psíquica que pode direcionar o sujeito do inconsciente no modo, como este atua em sua existência.

Veja também: Transtorno de Ansiedade Generalizada

 

 

 

 

Narcisismo

6 anos ago · · Comentários fechados em Narcisismo

Narcisismo

Consumo vs Narcisismo

A palavra narcisismo é empregada pela primeira vez em 1887 apresentada por Alfred Binet (1857-1911), um psicólogo francês que queria designar uma forma de fetichismo na qual seria tomar a própria pessoa como objeto sexual. Esse termo seria utilizado mais tarde por outros autores que tentaram explicar o comportamento perverso a partir do mito de Narciso.

Atribuímos a feminilidade maior quantidade de narcisismo e, que por esta razão, afeta também, a escolha afetiva da mulher, de modo que para ela, ser amada é uma necessidade mais forte que amar. A inveja do pênis (da potência) tem, em parte, como efeito, também a vaidade física das mulheres  (FREUD, 1996, P.131), portando, pode-se conceber que, ao utilizar artifícios que embelezam a mulher, elas parecem estar respondendo a uma falta que demarca sua condição e, ao mesmo tempo, reclamando por uma demanda de amor e reconhecimento.

Para Freud a maternidade seria um desenlace da feminilidade normal, que aceitaria  a substituição do pênis pela criança, mas a mulher se mantém insatisfeita como um enigma não decifrado, sendo assim a mãe é a que tem, a mulher é a que não tem e tenta fazer algo com essa falta que é estruturante ao sexo feminino.

Um mercado e tanto para o capitalismo que recorre a estratégias para atrair ainda mais consumidoras vorazes que intentam tamponar à falta.  As mídias sociais tem como função se ofertar como objeto de consumo, uma vez que as mulheres são compradoras em potencial. A necessidade  de deter os objetos de embelezamento oferecidos na mídia  ou mesmo a identificação com blogueiras , youtubers, suscitando um ideal de beleza e moda, apontam para a identificação que opera como agente cristalizador do desejo que apela por satisfação no inconsciente feminino.

Veja também sobre Signos de Consumo