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6 anos ago · · Comentários fechados em Instagram e a Imagem Corporal

Instagram e a Imagem Corporal

Segundo uma pesquisa no Reino Unido o Instagram (Instagram e a Imagem Corporal) foi considerado como a pior rede social para os jovens no tocante a saúde mental. Desencadeando diversos sintomas como: comparação excessiva da imagem corporal, depressão, solidão e bullying.

Não há como falar dessas mulheres que se apresentam como modelos no Instagram (Instagram e a Imagem Corporal) sem antes analisar o papel fundamental da imagem como símbolo, que carrega importância fundamental na contemporaneidade. Muitas mulheres mais esclarecidas intentam  promover uma quebra de padrão no perfil de modelos com a imagem corporal supostamente perfeita, mas as modelos mais “perfeitas”  no Instagram  ainda carregam milhões de seguidores, muitas delas carregam 8 dígitos.

Instagram e a Imagem Corporal

Muitas jovens se identificam com o padrão de beleza da  imagem corporal  estampado no Instagram (Instagram e a Imagem Corporal) , sendo assim, as redes sociais podem estar alimentando uma crise na saúde mental entre jovens . Portanto para se encaixar nas ofertas capitalistas propostas pelo universo midiático as modelos no Instagram apresentam uma Imagem Corporal que são construídas a partir de um “setting” (cenário fotográfico). E é a partir do corte  que a imagem representada pela modelo vai sugerindo cada pose, cada maquiagem, cada cabelo, suscitando assim a emersão de uma nova mulher, ou seja, uma nova possibilidade de mulher. Com isso a imagem corporal dessas modelos se apoiam nos artifícios sígnicos (acessórios de marca) para chamar a atenção das consumidoras, promovendo assim, um processo de identificação narcísica.

[…] Para Jacques Lacan psicanalista Francês ” as falsas mulheres”, se agregam artificialmente à falta para elas o “parecer” é essencial, fazendo-se de si mesmas o seu bem maior. […] a “verdadeira” e a ‘falsa mulher” podem coabitar a mesma mulher. A “verdadeira mulher” faz com que o homem sinta o ridículo do ter é a ruína do homem. É mais tranquilo fazer parceria com a “falsa mulher” por esta não parecer castrada, não ameaça o homem não exigindo dele o ser desejante (Rodrigues, 2008, p.135-136).

Sendo assim, essa mulher-modelo ocupa um vazio existencial em muitas jovens, pois, essas modelos mascaradas conforme a proposta midiática transparece um semblante de completude e sucesso uma estratégia perfeita para instaurar a falta, aumentando ainda mais o consumo e adoecendo  muitas pessoas.

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6 anos ago · · Comentários fechados em As mulheres

As mulheres

As Mulheres, o conceito de feminilidade em psicanálise e de maneira geral,  para outras ciências reporta-se a um tema obscuro. Por esta razão e em consonância com a natureza peculiar da teoria, a psicanálise não tenta descrever ou situar o que quer uma mulher. Pois, seria esta, uma tarefa difícil de cumprir.

Mas se empenha em indagar como é que as mulheres se constitui, como esses indivíduos se desenvolvem e, isso se dá desde a criança dotada de disposição bissexual (FREUD, 1996, pg. 117). Sendo assim, a psicanálise freudiana caracterizada como marca própria da feminilidade, da destaque ao  embate entre a atividade e a passividade que se expressa numa relação de conflito, que ocorre desde o nascimento e perpassa por todos os estágios da vida . Tal conflito se condiciona a partir do lugar que a mulher ocupa na dinâmica parental.

AS MULHERES

Nas pesquisas freudianas não há relatos de um fechamento concreto que estruture a posição determinante do momento preciso de uma tomada de posse que designe a condição feminina. O que existe mais especificamente nas mulheres é uma bipolaridade que estará presente ao longo da vida em vários níveis, essa bipolaridade consiste no caráter de identificação com os traços que representam as características que fazem laços nas relações que este indivíduos iram manter com o outro.

De  um lado, a de lidar com a castração , de outro o descolamento da escolha de objeto amado, que se inicia na figura da mãe, num primeiro momento, para posteriormente buscar esse  objeto no mundo externo, como descreve Freud (1996) no texto Feminilidade.

O homem também experiência do modelo conflitivo que passa pela castração . Porém, do ponto de vista intrapsíquico é a menina que vivencia um romance com a mãe que também é mulher demarcando uma relação de homossexualidade desde sua formação mais arcaica. Observando por este anglo, pode perceber que há um furo no interdito que proíbe a permanência dessa relação, obrigando a menina a investir seu amor na figura do pai que, na dissolução do complexo de Édipo, também será barrado obrigando a mulher a eleger objetos externos para a concretização de sua demanda de amor.

A ruptura apontada por Freud, que instaura o modelo de escolha afetiva, bem como os modelos de relação que os indivíduos nessa fase irão manter com seus objetos, chama atenção para o papel do mecanismo que opera na feminilidade. Isso quer dizer que nada tem a ver com a anatomia que diferencia homens e mulheres, nem tão pouco compete as questões de gênero. A feminilidade na psicanalise é tratada como uma dinâmica psíquica que pode direcionar o sujeito do inconsciente no modo, como este atua em sua existência.

Veja também: Transtorno de Ansiedade Generalizada