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Consultório Dra. Renata Cuch

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6 anos ago · · Comentários fechados em Transtorno de Ansiedade Generalizada · Sticky

Transtorno de Ansiedade Generalizada

transtorno de ansiedade generalizada (TAG), geralmente se manifesta em indivíduos que de alguma forma obteve algum “trauma”, associou o afeto de estava solto a situações do qual anseia, teme  uma  insegurança em relação ao seu futuro. A etimologia da palavra ansiar seria esperar por algo futuro e indeciso, preocupa-se exageradamente pelo o que possa vir acontecer . O sujeito sente-se como estivesse em uma corda bamba.

Em plena contemporaneidade o sujeito recebe vários tipos de informações do qual o cérebro precisa de um certo tempo para poder abstrair. O cérebro é um órgão que possui enorme plasticidade, mas que também necessita de certo período para se adaptar aos avanços  tecnológicos, a decadência dos antigos valores, e o estado atual do capitalismo.

Muitas vezes o sujeitos perdem a bussola pelos caminhos que pareciam certos. Sujeitos assim, preocupam-se em excesso com o futuro desencadeando episódios de ansiedade que podem vir em diferentes formas – tais como ataques de pânico, fobias, ansiedade social, insônia. Segundo pesquisas mais de 50% de pessoas com transtorno de ansiedade generalizada (TAG) experimentam problemas com o sono. Os músculos tornam-se mais rígidos devido a tensão, indigestão crônica e medo de falar em publico publico, onde possam ser o centro das atenções sentem, náuseas, dificuldade em elaborar ideias e interagir com novas pessoas, manter relacionamentos e progredir intelectualmente, financeiramente em suas vidas. Transtorno de ansiedade generalizada (TAG)

Veja também Signos de Consumo

6 anos ago · · Comentários fechados em Instagram e a Imagem Corporal

Instagram e a Imagem Corporal

Segundo uma pesquisa no Reino Unido o Instagram (Instagram e a Imagem Corporal) foi considerado como a pior rede social para os jovens no tocante a saúde mental. Desencadeando diversos sintomas como: comparação excessiva da imagem corporal, depressão, solidão e bullying.

Não há como falar dessas mulheres que se apresentam como modelos no Instagram (Instagram e a Imagem Corporal) sem antes analisar o papel fundamental da imagem como símbolo, que carrega importância fundamental na contemporaneidade. Muitas mulheres mais esclarecidas intentam  promover uma quebra de padrão no perfil de modelos com a imagem corporal supostamente perfeita, mas as modelos mais “perfeitas”  no Instagram  ainda carregam milhões de seguidores, muitas delas carregam 8 dígitos.

Instagram e a Imagem Corporal

Muitas jovens se identificam com o padrão de beleza da  imagem corporal  estampado no Instagram (Instagram e a Imagem Corporal) , sendo assim, as redes sociais podem estar alimentando uma crise na saúde mental entre jovens . Portanto para se encaixar nas ofertas capitalistas propostas pelo universo midiático as modelos no Instagram apresentam uma Imagem Corporal que são construídas a partir de um “setting” (cenário fotográfico). E é a partir do corte  que a imagem representada pela modelo vai sugerindo cada pose, cada maquiagem, cada cabelo, suscitando assim a emersão de uma nova mulher, ou seja, uma nova possibilidade de mulher. Com isso a imagem corporal dessas modelos se apoiam nos artifícios sígnicos (acessórios de marca) para chamar a atenção das consumidoras, promovendo assim, um processo de identificação narcísica.

[…] Para Jacques Lacan psicanalista Francês ” as falsas mulheres”, se agregam artificialmente à falta para elas o “parecer” é essencial, fazendo-se de si mesmas o seu bem maior. […] a “verdadeira” e a ‘falsa mulher” podem coabitar a mesma mulher. A “verdadeira mulher” faz com que o homem sinta o ridículo do ter é a ruína do homem. É mais tranquilo fazer parceria com a “falsa mulher” por esta não parecer castrada, não ameaça o homem não exigindo dele o ser desejante (Rodrigues, 2008, p.135-136).

Sendo assim, essa mulher-modelo ocupa um vazio existencial em muitas jovens, pois, essas modelos mascaradas conforme a proposta midiática transparece um semblante de completude e sucesso uma estratégia perfeita para instaurar a falta, aumentando ainda mais o consumo e adoecendo  muitas pessoas.

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6 anos ago · · Comentários fechados em As mulheres

As mulheres

As Mulheres, o conceito de feminilidade em psicanálise e de maneira geral,  para outras ciências reporta-se a um tema obscuro. Por esta razão e em consonância com a natureza peculiar da teoria, a psicanálise não tenta descrever ou situar o que quer uma mulher. Pois, seria esta, uma tarefa difícil de cumprir.

Mas se empenha em indagar como é que as mulheres se constitui, como esses indivíduos se desenvolvem e, isso se dá desde a criança dotada de disposição bissexual (FREUD, 1996, pg. 117). Sendo assim, a psicanálise freudiana caracterizada como marca própria da feminilidade, da destaque ao  embate entre a atividade e a passividade que se expressa numa relação de conflito, que ocorre desde o nascimento e perpassa por todos os estágios da vida . Tal conflito se condiciona a partir do lugar que a mulher ocupa na dinâmica parental.

AS MULHERES

Nas pesquisas freudianas não há relatos de um fechamento concreto que estruture a posição determinante do momento preciso de uma tomada de posse que designe a condição feminina. O que existe mais especificamente nas mulheres é uma bipolaridade que estará presente ao longo da vida em vários níveis, essa bipolaridade consiste no caráter de identificação com os traços que representam as características que fazem laços nas relações que este indivíduos iram manter com o outro.

De  um lado, a de lidar com a castração , de outro o descolamento da escolha de objeto amado, que se inicia na figura da mãe, num primeiro momento, para posteriormente buscar esse  objeto no mundo externo, como descreve Freud (1996) no texto Feminilidade.

O homem também experiência do modelo conflitivo que passa pela castração . Porém, do ponto de vista intrapsíquico é a menina que vivencia um romance com a mãe que também é mulher demarcando uma relação de homossexualidade desde sua formação mais arcaica. Observando por este anglo, pode perceber que há um furo no interdito que proíbe a permanência dessa relação, obrigando a menina a investir seu amor na figura do pai que, na dissolução do complexo de Édipo, também será barrado obrigando a mulher a eleger objetos externos para a concretização de sua demanda de amor.

A ruptura apontada por Freud, que instaura o modelo de escolha afetiva, bem como os modelos de relação que os indivíduos nessa fase irão manter com seus objetos, chama atenção para o papel do mecanismo que opera na feminilidade. Isso quer dizer que nada tem a ver com a anatomia que diferencia homens e mulheres, nem tão pouco compete as questões de gênero. A feminilidade na psicanalise é tratada como uma dinâmica psíquica que pode direcionar o sujeito do inconsciente no modo, como este atua em sua existência.

Veja também: Transtorno de Ansiedade Generalizada

 

 

 

 

Narcisismo

6 anos ago · · Comentários fechados em Narcisismo

Narcisismo

Consumo vs Narcisismo

A palavra narcisismo é empregada pela primeira vez em 1887 apresentada por Alfred Binet (1857-1911), um psicólogo francês que queria designar uma forma de fetichismo na qual seria tomar a própria pessoa como objeto sexual. Esse termo seria utilizado mais tarde por outros autores que tentaram explicar o comportamento perverso a partir do mito de Narciso.

Atribuímos a feminilidade maior quantidade de narcisismo e, que por esta razão, afeta também, a escolha afetiva da mulher, de modo que para ela, ser amada é uma necessidade mais forte que amar. A inveja do pênis (da potência) tem, em parte, como efeito, também a vaidade física das mulheres  (FREUD, 1996, P.131), portando, pode-se conceber que, ao utilizar artifícios que embelezam a mulher, elas parecem estar respondendo a uma falta que demarca sua condição e, ao mesmo tempo, reclamando por uma demanda de amor e reconhecimento.

Para Freud a maternidade seria um desenlace da feminilidade normal, que aceitaria  a substituição do pênis pela criança, mas a mulher se mantém insatisfeita como um enigma não decifrado, sendo assim a mãe é a que tem, a mulher é a que não tem e tenta fazer algo com essa falta que é estruturante ao sexo feminino.

Um mercado e tanto para o capitalismo que recorre a estratégias para atrair ainda mais consumidoras vorazes que intentam tamponar à falta.  As mídias sociais tem como função se ofertar como objeto de consumo, uma vez que as mulheres são compradoras em potencial. A necessidade  de deter os objetos de embelezamento oferecidos na mídia  ou mesmo a identificação com blogueiras , youtubers, suscitando um ideal de beleza e moda, apontam para a identificação que opera como agente cristalizador do desejo que apela por satisfação no inconsciente feminino.

Veja também sobre Signos de Consumo

 

Signos de Consumo

8 anos ago · · Comentários fechados em Signos de Consumo

Signos de Consumo

Semiótica aplicada Lúcia Santaella 2007, Ed. São Paulo

A pesquisadora e doutora em Teoria Literária, Lúcia Santaella, é fundadora do grupo de pesquisa em Semiótica e Games (CS Games); diretora do Centro de Investigação de Mídias Digitais (CIMID); coordenadora do Centro de Estudos Peircianos e professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Seus estudos e pesquisas têm como base a semiótica desenvolvida pelo norte-americano Charles Sanders Peirce (1839-1914), que dedicou sua vida a pesquisas em diferentes áreas tais como matemática, física, astronomia, história, linguística e, finalmente, a fenomenologia, na qual desenvolveu estudos sobre a formação dos signos de consumo.

No livro Semiótica Aplicada, Lúcia Santaella aborda o constante desenvolvimento do universo semiótico. Ela enfatiza, além da produção das imagens, hipermídias, cores e resoluções ópticas oferecidas pelo progresso tecnológico, a influência desses estímulos na evolução do ser humano, destacando os fenômenos cognitivos que intentam proporcionar sentido à existência. O ser humano sofre um bombardeio diário de mensagens, surgindo daí a necessidade de se fazer leituras e interpretações dos significados e significações dessas mensagens que aparecem como signos de consumo.Nessa perspectiva, a teoria semiótica de Peirce é sugerida como uma fonte mediadora; uma forma científica e fenomenológica para se apreender a lógica de apresentação, expressão e formação dos signos.

Para Santaella (2007, p. XIV), “[…] a própria realidade está exigindo de nós uma ciência que dê conta dessa realidade dos signos em evolução contínua. Minha sugestão é a de que, na semiótica de Peirce, especificamente no seu primeiro ramo; o da gramática especulativa. Nela podemos encontrar uma fonte de inestimável valor para enfrentarmos essa exigência”. Sendo assim, o livro monta uma articulação que parte do fundamento filosófico, passando pela análise fenomenológica e vai até a concretização científica dos valores e operações dos signos de consumo. Para sustentar suas proposições, a autora segue a trilha peirceana das tricotomias e suas categorias explicativas.

O livro é dividido em 10 capítulos. – Signos de Consumo

No capitulo 1,“Bases Teóricas para a Aplicação” ela faz um percurso histórico e fisolosófico do nascimento da teoria do signo enquanto estrutura perceptível à cognição dos signos até chegar à criação e interpretação do objeto sígnico. Na sequência ela traça o “Percurso para a Aplicação, quando apresenta o signo em seu fundamento, embasado nas categorias descritas ao longo das tricotomias peirceanas.

O intento é destrinchar as instâncias que montam as imagens sígnicas na busca por identificar suas qualidades, singularidades, potencialidades, mensagens e ao que se refere, ou seja, seu endereçamento. No capítulo 3, ela realiza uma análise comparada do design de embalagens. Nele a autora realmente apresenta o objetivo maior da escrita do livro, pois é quando ela realiza uma analogia comparativa do como identificar as mensagens sígnicas utilizadas pelo mercado competitivo mediado pelo marketing. Seu grande desafio foi conciliar os recursos/artifícios sígnicos utilizados pelas marcas para apreender a atenção do consumidor.

Sua trilha enfatiza a importância das cores, do brilho, das mensagens como sendo uma articulação dos estímulos externos como influência na psique e, como esses artifícios operam na consciência do sujeito que recebe a mensagem. Dando sequência, ela descreve, no capítulo 4, o potencial comunicativo da publicidade a partir do estudo de caso da marca de produtos cosméticos “Seda”. Nesse momento, ela utiliza a marca como recurso útil a suas explicações acerca da semiótica, valorizando o potencial do signo e apontando as categorias para articular o caráter simbólico da marca. No capítulo 5, ao analisar de forma comparativa duas embalagens shampoo, a autora propõe um embate das imagens (design) das embalagens como representação do poder e influência que o signo exerce sobre o consumidor. Além disso, ela destaca a escolha do endereçamento da mensagem do marketing enquanto objeto de satisfação pra a busca do indivíduo, enfocando a marca “Seda” como ícone de identificação para o sujeito consumidor.

Matisse: uma semiótica da alegria

É no capítulo 6, “Matisse: uma semiótica da alegria” que a autora realiza seu grande insight – pode-se dizer – saindo do poder intencional que opera no marketing e adentrando a expressão da psique humana, a sublimação. Nesta obra; Interior Vermelho, Natureza-Morta Sobre Mesa Azul, de Henri Matisse (1947), importante pintor Francês do Século XX. Segundo Santaella (2007), o autor brinca com as cores à luz do inconsciente, sem intenção real de produzir sentido.

Mas eis que em especial, a obra de Matisse surge aos nossos olhos, carregada de seus contornos e linhas imaginárias, viabilizadas pelas cores que, em seu núcleo, conseguiu fazer surgir uma figura, que mesmo inanimada se oferta como objeto sígnico à nossa cognição. No capítulo seguinte, a autora traz o exemplo da relação estabelecida entre a princesa Diane e a mídia. Ela remonta e explica a lógica dos signos de consumo em seu aspecto mais genial, utilizando como recurso a simbologia do lugar da “realeza” para demonstrar como os signos operam desde sempre em nossas mentes. Toda a trajetória trilhada por Pierce ganha força uma vez que tudo é signo.

Apenas a imagem de Diana, uma fotografia, um nome, uma lembrança, conseguiu perpassar gerações e influenciar até mesmo os que não conseguiram vê-la em vida. Eis aí o paradigma que opera na criação de um ícone frente aos índices utilizados pela mídia como influência simbólica na identidade do sujeito. Assim como acontece no processo inicial do intento da criação de uma marca, a autora relata no capítulo 8, “A eloquência das imagens em vídeo e educação ambiental”, como se constrói o artifício para sensibilizar o interpretante. Santaella apresenta como é feita a construção indutiva da união imagética cuja finalidade é apreender a atenção de um determinado público. Ela descreve a imagem como recurso qualitativo e endereçado com caráter simbólico para a introjeção na mente.

A fenomenologia e a semiose

A fenomenologia e a semiose nas instituições como estratégia inteligente para apresentar o poder influenciador dos signos é algo sobre o qual a autora se debruça no penúltimo capítulo. Pois segundo a autora, toda instituição opera como lei na relação com os indivíduos a ela vinculados. Esse estudo aparece como espaço de maior reflexão sobre as categorias pierceanas: primeridade, secundidade e terceiridade. Com o uso da fenomenologia, a autora consegue expressar as contingências que perpassam as três instâncias categóricas de Pierce, chamando a atenção para suas fases e, deixando clara a influência que cada categoria exerce sobre a outra em seu acontecimento cognitivo.

Por fim, a autora busca discorrer sobre uma semiótica das emoções, utilizando a analogia de Medeia, a quem se atribui a intensidade de sentimentos contraditórios. Partindo da mitologia como simbolismo da imagem da mulher, a autora faz uma alusão ao princípio operacional do legi-signo, da originalidade do sentimento (emoção) enquanto qualidade legítima e arcaica do humano. Esse último e excelente capítulo borda a originalidade dos afetos, apontando como pressuposto a raiva (ódio, ciúme, inveja) como sendo parte de uma categoria pierceana de grande relevância para o entendimento da semiótica. Aqui temos a mais clara de todas as formas do aparecimento do interpretante imediato e dinâmico em sua atuação sobre a consciência.

Um breve comparativo entre os capítulos

pode-se dizer que partindo da construção filosófica até o acontecimento do fenômeno das emoções, Pierce percorre uma trilha do uso da lógica e das tricotomias para identificar, instanciar e representar as instâncias que estruturam o signo. Todo o percurso do livro ratifica a visão pierceana que considera tudo como sendo signos de consumo.

Nesse sentido, apenas por meio das significações simbólicas é possível alcançar a originalidade, ou melhor, o objetivo. Se a influência de estímulos externos opera na consciência e na cognição, a forma como o sujeito recebe o estímulo e se relaciona com ele – fatores internos e emoções –, qualificam e categorizam o caráter simbólico dos signos de consumo que chegam como mensagem para os sujeitos que experienciam e se relacionam com o mundo. Sendo por meio desses artifícios ou dessa lógica, que o universo mercadológico se orienta para provocar identificações no consumidor. Leia sobre Narcisismo